Apesar de ainda ser um tratamento bastante restrito para humanos, o uso terapêutico das células-tronco em animais domésticos já é uma realidade na medicina veterinária do Brasil.
Alternativa para curar animais de estimação e equinos de doenças articulares, ósseas, nos tendões e renais, além de estar em estudo sua eficácia para o tratamento de doenças neurológicas, imunológicas, cardíacas e lesões nas córneas, a terapia já curou mais de 20 mil animais no mundo.
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Apesar disso, a utilização da técnica em pets ainda é cercada de muito desconhecimento. No fim deste texto, mostramos uma relação de mitos e verdades feita pelos profissionais da Cellvet, empresa especializada em medicina veterinária regenerativa.
Um dos mitos é de que o tratamento seria muito caro. Segundo a empresa, os valores do tratamento variam de R$ 450 a R$ 1.200, dependendo da gravidade do caso e da quantidade de aplicações das células. Em grande parte dos casos, os animais já apresentam melhora considerável e até cura integral com a primeira dose da aplicação.
Evento em Floripa
Foi por causa da terapia que o cão de Florianópolis Bartô, da raça pug, consegue ter hoje uma vida normal, sem a necessidade de usar medicamentos diários, após ter passado por um longo tratamento quimioterápico tradicional para superar um grave problema de medula.
Bartô e sua cuidadora serão um dos “convidados especiais” do workshop inédito sobre o células-tronco na medicina veterinária, organizado pela Anhanguera São José, em Florianópolis, no próximo dia 16 de novembro, das 8h30 às 12h.
Com entrada gratuita, o evento será conduzido por duas pesquisadoras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que participam do grupo de pesquisa do Laboratório de Células Tronco e Regeneração Tecidual, as doutoras Débora Cristina Olsson e Bianca Luise Teixeira.
Elas abordarão o conceito de células-tronco, como elas são adquiridas e processadas e a aplicação terapêutica pela veterinária.
“Enquanto em seres humanos a utilização das células-tronco ainda é considerada experimental, exceto em transplantes de medula óssea, na medicina veterinária essa inovação já se encontra bastante avançada. Há muitas doenças em animais tratadas com eficácia e de forma viável, como patologias nervosas, ósseas, insuficiência renal e de pele”, conta Débora.
Segundo as pesquisadoras, a maior parte dessas células são retiradas do tecido adiposo, e esse material pode tratar animais com diferentes patologias. No Brasil, o uso terapêutico é destinado, principalmente, a pequenos animais, como cachorros e gatos, mas também cresce a aplicação em cavalos de competição.
Para participar do workshop, é solicitada apenas a doação de 1 kg de alimento por participante para o Lar dos Velhinhos de Zulma, de atendimento a idosos no bairro Campinas. A Anhanguera São José fica na Rua Luiz Fagundes, 1680 – Praia Comprida, Florianópolis.